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O THC é um dos fitocanabinóides mais abundantes e fisiologicamente importantes, responsável pelos efeitos psicotrópicos da cannabis, mas também por uma infinidade de propriedades terapêuticas. É um potente analgésico e anti- inflamatório, com uma potência até 20 vezes maior que a da aspirina e duas vezes maior que a da hidrocortisona. Também é antiemético, anticonvulsivante, estimulador do apetite, relaxante muscular, ansiolítico, indutor do sono e apresenta potencial antineoplásico.
O Canabinol (CBN) é um ansiolítico e indutor do sono , sem a presença dos efeitos psicoativos potencialmente indesejáveis do THC. Pesquisas indicam que o CBN também apresenta potencial terapêutico como antimicrobiano, anti-inflamatório, analgésico, osteogênico (formador e regenerador de ossos) e estimulador de apetite.
O Delta-8-tetrahidrocanabinol é capaz de aumentar os níveis de acetilcolina no parênquima cerebral, o que poderia desempenhar um papel terapêutico relevante em distúrbios da memória e aprendizado, como a Doença de Alzheimer ou demência. Esse canabinoide também demonstra potencial anti-emético e estimulador do apetite em crianças em sessões de quimioterapia.
O Canabidiol (CBD) tornou-se o canabinoide mais discutido nas pesquisas médicas, no meio legislativo e na sociedade, por ser considerado um canabinoide sem efeitos psicoativos. O CBD pode apresentar efeitos psico- estimulantes, deixando os indivíduos mais alertas e atentos, bem como, apresenta efeitos ansiolíticos significativos. É o fitocanabinóide mais estudado até hoje e com maiores indicações terapêuticas até o momento. O CBD afeta muitos processos fisiológicos ao afetar indiretamente o Sistema Endocanabinóide (SEC) e outros sistemas reguladores do organismo através de múltiplos mecanismos de ação com um amplo potencial terapêutico que tem sido amplamente explorado em estudos pré-clínicos e clínicos com extremo potencial Ansiolítico, Anticonvulsivante, Anti-inflamatório, Anti-oxidante, Antipsicótico, e Antidepressivo.
Alguns efeitos fisiológicos e o potencial terapêutico do ácido canabidiólico (CBDA) têm sido relatados, mas ainda há muito a ser revelado. Alguns estudos sugerem que o CBDA tem importantes efeitos analgésicos, antioxidantes e anti- inflamatórios. Além disso, o CBDA tem a capacidade de ligar e ativar receptores de serotonina 5-HT1A, com uma afinidade da ordem de magnitude maior que a do CBD, com uma potente ação antiemética (vômitos). Recentemente, um estudo descreveu que o CBDA é capaz de se ligar a um pico de proteína do vírus SRS-COV-2 – COVID 19, impedindo assim a entrada nas células da infecção viral.
O Canabigerol (CBG) é o canabinóide mais utilizado nos processos de dores crônicas neuropáticas (enxaquecas e fibromialgia, principalmente) e nos processos inflamatórios. Além disso, o CBG é um agente poderoso contra o Staphylococcus aureus e também é capaz de bloquear a entrada celular do vírus SARS-CoV-2 – Covid 19 pela interação direta com uma proteína de pico do vírus.
O canabicromeno (CBC) tem importante potencial analgésico e anti-inflamatório e também chama a atenção devido a seu potencial pró-neurogênico sendo muito utilizado nas doenças neuro degenerativas com Alzheimer e Parkinson.
A Tetra-hidrocanabivarina (THCV) não apresenta o potencial psicotóxico do THC e tem sido bastante explorada no tratamento da obesidade e diabetes por sua ação na redução do apetite e no aumento do gasto metabólico. Apresenta também interessante potencial anti-convulsivante e possui propriedades anti-oxidantes e analgésicas.
Foram isolados até hoje 125 fitocanabinoides diferentes, muitos dos quais são derivados e produtos de transformação que também são considerados como canabinoides. Vale ressaltar que a maioria daqueles que foram investigados mostram potencial terapêutico.
Todas essas substâncias fitocanabinoides interagem de forma complexa com um sistema de comunicação celular endógeno, o chamado sistema endocanabinoide (SEC), que em geral exerce funções pró-homeostase e pleiotrópicas (ou seja, causando múltiplos efeitos no corpo). Um sitema regulatório vital, envolvido em praticamente todos os nossos processos fisiológicos e patológicos.
Por essa razão, as aplicações clínicas e farmacológicas deste sistema são incontáveis. Através de modulações do Sistema Endocanabinoide, é possível tratar doenças de pele como Psoriase, Doença de Alzheimer, transtorno do espectro autista, Doença de Crohn, dor crônica, entre outras.
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