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A Medicina Canábica é um campo de estudo médico que se concentra nos efeitos terapêuticos da planta de Cannabis Sativa e o grande marco inicial dessa verdadeira revolução científica na Medicina foi em 1964 em Israel quando os cientistas e pesquisadores Raphael Mechoulam, Yuval Shvo e Yehiel Gaoni isolaram os dois principais componentes da planta, os fitocanabinóides Canabidiol (CBD) e o Delta-9-tetra-hidrocanabinol (THC). A história da cannabis se divide em antes e depois de Raphael Mechoulam.
Estes fitocanabinoides interagem de forma complexa com um sistema de comunicação celular endógeno, o chamado sistema endocanabinoide (SEC), que exerce funções pró-homeostase e pleiotrópicas (ou seja, causando múltiplos efeitos no corpo e mantendo o equilíbrio e a saúde corporal). O SEC é um sistema regulatório vital, envolvido em praticamente todos os nossos processos de saúde e doença do organismo, regula várias funções fisiológicas, incluindo o apetite, o sono, a dor e o humor. Por essa razão, através de modulações do Sistema Endocanabinoide , a Medicina Canábica tem sido usada para tratar uma variedade de doenças e transtornos como psoríase, alzheimer, parkinson, transtorno do espectro autista (TEA), transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), fibromialgia, epilepsias e convulsões graves, doença de crohn, dores crônicas, náuseas e vômitos causados pelo tratamento de quimioterapia no câncer, espasmos musculares, depressão, ansiedade, enxaqueca, doenças reumáticas, dependência química de álcool e drogas, endometriose, esclerose múltipla, obesidade, síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtorno do stress pós traumático (TEPT) e transtornode ansiedade generalizada (TAG) entre outras patologias.
Os medicamentos à base de Cannabis, visando o SEC, estão surgindo como uma alternativa farmacológica e efeito terapêutico potencialmente seguro, eficaz e menos tóxico que boa parte das medicações convencionais amplamente usadas na prática. Conforme avança o entendimento científico da planta Cannabis Sativa, torna-se inevitável sua ampla legalização para fins medicinais.
A planta cannabis tem sido usada para fins medicinais há milênios. A exploração bioquímica dos fitocanabinoides e a descoberta do Sistema Endocanabinoide estão apenas validando práticas históricas culturais e ancestrais.
Em dezembro de 2019, através da RDC 327/19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) passou a dispor sobre os procedimentos necessários para a concessão da autorização sanitária para a fabricação e importação de produtos de cannabis para fins medicinais e estabelecer requisitos para comercialização, prescrição, dispensação, monitoramento e fiscalização desses produtos. Foi um primeiro passo importante do nosso país no reconhecimento do valor terapêutico dessa planta e na facilitação e segurança do acesso aos produtos à base de cannabis para fins medicinais.
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